Molina foi contratado pela defesa do presidente para analisar os áudios, paralelamente à investigação que será feita pela Polícia Federal. Na tarde desta segunda-feira, um dos gravadores usados por Joesley foi entregue a corporação pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Molina ainda afirmou, durante sua fala, que a PGR foi "ingênua" e "irresponsável" ao aceitar o material como prova. O perito, contudo, não negou a existência dos diálogos ou o conteúdo da denúncia.
Ainda de acordo com Ricardo Molina, há "inúmeras descontinuidades, mascaramentos por ruído, longos trechos ininteligíveis ou de inteligibilidade duvidosa" na gravação relacionada ao presidente Temer.
Ainda segundo ele, há trechos que em um intervalo de 17segundos fora, observados cerca de cinco pontos onde pode ter ocorrido edição.
Molina explicou que a gravação foi feita em qualidade muito baixa e o áudio apresenta descontinuidades. Ou seja, não é possível, segundo o perito, afirmar que não houve edição no áudio. “Não posso dizer se houve edição ou não. Até por uma razão simples, porque não dá para escutar, na maior parte do tempo, o que o presidente está falando”. Para ele, a gravação não poder ser considerada autêntica. "Ela é ruim e deve ser descartada. Eu não posso garantir que ela não foi manipulada".
Michel Temer é alvo de inquérito que investiga o peemedebista por corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa não seja suspenso.
Em uma das gravações feitas pelo dono da JBS, Temer teria dado aval para que uma espécie de mesada fosse paga ao deputado cassado, Eduardo Cunha, para que ele ficasse em silêncio. Cunha está preso em Curitiba (PR), fruto das investigações da Operação Lava-Jato.
O perito contratado pela defesa do presidente aponta vários momentos em que, segundo ele, há descontinuidades na gravação. Ele ainda aponta que o gravador utilizado por Joesley opera em uma qualidade muito baixa, em frequência de 4 bits.
Com agência .