O ex-ministro enfatizou que a crise dos últimos dias trouxe uma divergência do partido com a condução do processo e portanto com a presidência da República, no caso Michel Temer, mas seu afastamento não representa uma ruptura do com o governo. Ele destacou ainda que a legenda admitiu a presença e a continuidade do ministro da Defesa, Raul Jungmann, "em função de ser uma área sensível".
Ele também afirmou que o partido foi uma força significativa no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que sua decisão de deixar o Ministério da Cultura não significa que o partido se alinhará com os que hoje fazem oposição a Michel Temer. "Isso não nos iguala àquelas forças que foram derrotadas pelo impeachment e que hoje se encontram na oposição ao governo de transição".
Freire foi o primeiro ministro a entregar o cargo depois da crise aberta na semana passada e até agora o único. O ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, vem sendo pressionado a seguir o mesmo caminho por seu partido, o PSB, que rompeu de imediato com o governo, mas ainda resiste em sair.
(Gabriel Roco, especial para AE).