Aécio foi gravado por Joesley Batista em negociação de pagamento de propina pelo empresário. Depois, o senador afastado foi alvo de ações controladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nessa segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu da decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, que negou a prisão preventiva de Aécio Neves (PSDB-MG).
"Não fiz dinheiro na vida pública. Esse cidadão armou uma encenação e ofereceu outro caminho.
Como justifica para o pedido de R$ 2 milhões feito a Joesley, Aécio argumenta que o que foi proposto ao empresário foi uma negociação envolvendo um imóvel da família. “Há cerca de dois meses, eu pedi à minha irmã, Andrea, que procurasse o senhor Joesley e oferecesse a ele a compra de um apartamento onde minha mãe vive há mais de 30 anos, herança de seu ex-marido e que havia sido colocado à venda. Com parte desses recursos eu poderia pagar a minha defesa em inquéritos que, tenho certeza, serão arquivados. E fiz isso porque não tinha dinheiro. Não fiz dinheiro na vida pública”, declarou.
O senador afastado também pediu desculpas pelo vocabulário usado na conversa gravada com Joesley. No áudio, Aécio aparece dizendo palavrões, o que também gerou reação negativa da opinião pública.
Para Aécio, os empresários donos da JBS fora,m os grandes beneficiados pelo que ele classificou como armação. Ao conseguir, em negóciação com a PGR, benefícios. “Nessa história, os criminosos não sou eu, nem meus familiares. Os criminosos são aqueles que se enriqueceram às custas do dinheiro público e que agora, nesse instante, lá no exterior, zombam dos brasileiros com os inacreditáveis benefícios que obtiveram. Eles, sim, têm que voltar ao Brasil e responder à Justiça pelos muitos crimes que cometeram”, declarou. .