O mineiro Carlos Geovani Cirilo, de 61 anos, morador de Belo Horizonte, está internado em estado grave em Brasília. Ele levou um tiro no maxilar nessa quarta-feira durante protesto que pedia a saída do presidente Michel Temer (PMDB). Carlos é aposentado e filiado à Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg). A suspeita é de que Carlos tenha sido baleado por policiais militares, flagrados apontando armas de fogo durante confronto com manifestantes.
O ato realizado por nove centrais sindicais para pedir a renúncia do presidente Michel Temer e protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista terminou em confronto e vandalismo na Esplanada dos Ministérios. Manifestantes depredaram oito prédios públicos, além da Catedral, destruíram pontos de ônibus e atearam fogo em banheiros químicos. Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, 49 pessoas ficaram feridas - incluindo Carlos - e oito foram presas.
Em nota, a UGT criticou a violência sofrida pelo mineiro. "A UGT-MG repudia a ação de violência da polícia ao atentar contra a vida de um senhor aposentado que foi à Brasília simplesmente defender os direitos da classe trabalhadora. Não se trata, em nenhuma hipótese, de baderneiro ou criminoso envolvido em atos de vandalismo ou coisa do gênero conforme a polícia deu a entender".
Familiares do aposentado viajaram para Brasília para acompanhar o tratamento.
A informou que PM vai abrir inquérito para investigar os policiais filmados com arma de fogo na mão e informou que a conduta não é procedimento adotado em protestos.