Para ele, seu pai foi baleado covardemente. “Disseram que meu pai estava aramado, o que é mentira. Ele não estava com nada. Atiraram na cabeça dele com pistola calibre ponto.40 e depois o arrastaram pelo chão.
A diretora da Astemg Eliana da Penha Verçosa, que junto Carlos representavam a entidade na manifestação em Brasília, contou que o clima era de “praça de guerra”. “O Carlos, até pelo fato de ser uma pessoa de idade, com dificuldade de se locomover, estava distante da linha de frente. Às 15h20 tivemos um contato e ele estava retornando para o ônibus, pois tinha que tomar seu remédio. Ele foi baleado minutos depois, quando nem mais participava dos protestos”, afirmou.
Além de Carlos Cirilo, um estudante mineiro, da Universidade Federal de São João Del Rei, também ficou ferido. Ele foi atingido por uma bala de borracha no olho direito. Ele já retornou para sua casa, em Minas. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, entre os atendidos em hospitais em Brasília, estão o estudante Vitor Rodrigues Fregulia, de 21 anos, que teve a mão dilacerada por causa de explosão de uma bomba; um morador em situação de rua, P.S. L, que sofreu trauma cervical durante o conflito; um integrante do MTST, chamado Isaías, com ferimentos provocados por estilhaços de vidro que acertaram o pescoço e o rosto durante o protesto; e uma pessoa, C.P.N.N, com lesão no olho..