Segundo a secretaria, inspetores de segurança e administração penitenciária farão "revistas minuciosas" nas visitas utilizando esteiras de raio-x, raquetes e bancos detectores de metais". "Tais aparelhos ajudam a evitar que materiais ilícitos entrem nessas unidades", informou, por meio de nota.
A Vara de Execuções Penais havia proibido a transferência do ex-governador porque a nova unidade também não tinha câmera de ângulo frontal no acesso ao presídio. Também por nota, a Seap declarou que a unidade é monitorada "24 horas por dia através de câmeras instaladas dentro das galerias, portarias, pátio de visitas, banho de sol, entre outros".
"Ao todo são 53 câmeras, incluindo a que dá acesso à portaria principal, conforme solicitado pela Vara de Execuções Penais, VEP. Uma equipe de inspetores de segurança e administração penitenciária vai operar a central de monitoramento de imagens que ficará na sala do diretor da unidade prisional", informou.
Cabral ficará em uma cela com a mesma capacidade, de 16 metros quadrados, da que ficava em Bangu e com o limite para até seis detentos. A direção da unidade ainda vai definir se o local será totalmente preenchido.
A cela tem três beliches e um banheiro com vaso, pia e chuveiro de água fria. O ex-governador, porém, terá mais privacidade, já que os banheiros são fechados no meio da cela. Em Bangu, apenas uma meia parede separa o chuveiro do vaso.
Cabral e os outros detentos também receberão colchões usados por atletas durante a Olimpíada.
Junto com o ex-governador, foram transferidos mais 146 presos para o local, entre 53 detentos com nível superior (incluindo presos da Operação Lava Jato) e outros 93 que cumprem pena por não pagar pensão alimentícia. Eles foram levados em nove viaturas da Grupamento do Serviço de Escolta (GSE) e chegaram à unidade às 10h. Os presos transferidos estavam Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, para detentos com diploma universitário.
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