Relator das ações envolvendo a Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin autorizou o interrogatório do presidente Michel Temer (PMDB) no inquérito em que é investigado.
As acusações envolvendo o presidente têm como ponto de partida as delações dos irmãos Wesley e Joesley, donos da JBS.
O interrogatório foi pedido pela Procuradoria Geral da República (PGR) e poderá ser feito por escrito. As respostas deverão ser apresentadas no prazo de 24 horas depois da entrega do questionário pela Polícia Federal.
Fachin ainda determinou o envio imediato do inquérito sobre Michel Temer para a conclusão das investigações – o que deverá ser feito em até 10 dias.
No pedido encaminhado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou Temer fez uma "confissão espontânea" durante os pronunciamentos feitos após a divulgação de conversas com Joesley Batista.
O presidente admitiu encontro com o empresário à noite, no Palácio do Jaburu, quando conversaram sobre possível corrupção de juízes, pagamento de mensalinho para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e a indicação do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures para tratar de temas com Joesley.