Aécio é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na estatal mineira e responde a cinco inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Irritado por não ter acesso a depoimentos, Aécio ligou para Daiello e pediu um encontro.
A conversa entre o tucano e Daiello, em 26 de abril, foi gravada pela PF. Aécio disse que seu advogado, Alberto Toron, iria procurá-lo na instituição.
'Bronca'
A PF também capturou uma "bronca" de Aécio em seu colega Zezé Perrella (PMDB-MG). No diálogo divulgado pelo jornal Hoje em Dia, o tucano cobra "lealdade" de Zezé, após declaração do aliado.
"Vou te falar aqui como amigo, com a liberdade de amigo. Eu achei, olhe, poucas vezes eu vi uma declaração tão escrota, Zezé", afirmou Aécio. "A não ser, Zezé, que a sua campanha foi financiada na lua ou pela quentinha", disse o tucano.
Conforme Aécio, era hora de "separar o joio do trigo". "Porque tem uma bandidada que assaltou o Brasil e tem gente que fez campanha, né? Como é que você acha que você chegou no Senado? Sua campanha foi financiada do mesmo jeito que a minha", disse o tucano.
A assessoria de Aécio negou qualquer tentativa de pressionar Daiello. "O diretor da PF não se sujeitaria a qualquer tipo de pressão. O senador considera que o diálogo foi republicano." Informou ainda que "as campanhas foram feitas em absoluto respeito à legislação".
Perrella disse que está "constrangido, porque Aécio interpretou uma fala como uma crítica". .