A ida de Jardim para a Justiça ocorre três dias depois do anúncio da mudança pelo Palácio do Planalto, no domingo. A ideia do governo era fazer uma troca de titulares entre as duas pastas, mas a tentativa não deu certo. Na terça, Osmar Serraglio, que foi desalojado do primeiro escalão do governo sem aviso prévio, decidiu não aceitar a oferta de assumir a Transparência, de onde saiu Jardim.
Serraglio ficou chateado por ter sido informado da decisão do governo de tirá-lo da Justiça pela reportagem da Coluna do Estadão e ter a confirmação de sua demissão da pasta por meio de um telefonema do líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP). O presidente Michel Temer não o procurou para explicar a troca.
O ex-ministro agora reassume seu mandato de deputado federal pelo PMDB do Paraná, retirando, pelo menos por ora, o foro privilegiado de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), suplente de deputado pelo Estado do Paraná e que é investigado no mesmo inquérito de Temer no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto recebimento de propina e outros crimes de corrupção. Como suplente, Loures ocupava a vaga deixada por Serraglio na Casa. Antes, foi assessor de Temer no Planalto.
Com isso, o Ministério da Transparência ficará sob o comando interino do secretário executivo da pasta, Wagner Rosário, funcionário de carreira da antiga Controladoria-Geral da União (CGU).
(Luci Ribeiro).