(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Peemedebistas de Minas dispensam cargos no governo Temer


postado em 01/06/2017 06:00 / atualizado em 01/06/2017 07:28

Sondados pelo governo Michel Temer para integrar os ministérios da Cultura e da Transparência, os deputados federais peemedebistas Newton Cardoso Filho e Rodrigo Pacheco informaram não ter interesse nos cargos. Enquanto o primeiro disse estar envolvido com a relatoria da Medida Provisória 766/2016, que institui o Programa de Regularização Tributária conhecida por Refis; Pacheco sustentou que em “hipótese alguma” deixará a presidência da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. “Tenho esse compromisso”, disse.


Num momento de governo delicado, em que parte da base de sustentação na Câmara dos Deputados ameaça abandonar o barco, o presidente Michel volta os olhos para Minas Gerais. Mas a bancada federal mineira dá o troco, depois da humilhação sofrida por ocasião da composição do primeiro governo, quando pela primeira vez na história republicana Minas Gerais não teve nenhum representante no primeiro escalão.

“Esse tipo de compensação que não leva em conta nem o perfil nem o peso do ministério é um absurdo. Significaria machucar ainda mais a política mineira”, criticou o deputado federal Saraiva Felipe (PMDB)). Assim que os rumores de que o governo federal pretendia fazer o gesto de compensação a Minas Gerais, Newton Cardoso Filho e Saraiva Felipe foram até o líder da bancada do PMDB, Baleia Rossi (SP) e avisaram: “Diz para o presidente que se porventura ele se lembrar de Minas, pode ficar tranquilo que não estamos dispostos a aceitar o cargo. Passamos”.

São muitos os ressentimentos na bancada federal mineira, que depois de ter dado 41 dos seus 53 votos pelo impeachment de Dilma Rousseff, ficou a ver navios no primeiro escalão.

“Minas não deve aceitar. Temer faz pouco caso de Minas”, declarou ontem o ex-governador Newton Cardoso (PMDB). Quando da composição do ministério, Temer chegou a convidar o deputado federal Newton Cardoso Filho para o Ministério da Defesa mas recuou, depois de ter sido anunciada a indicação pela bancada federal. Se Temer vier a Minas será recebido a pontapé”, afirmou o pai Newton Cardoso à época.

Não foi a única vez em que Temer preteriu um nome do estado. O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB), que também nutria esperanças de compor o primeiro escalão, não foi chamado e ainda foi derrotado em articulações com o apoio de Temer para a eleição de Baleia Rossi na liderança do PMDB.

Também na eleição para a Vice-Presidência da Câmara, o mineiro Fábio Ramalho (PMDB) chegou ao segundo turno da disputa após derrotar Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel Vieira Lima e candidato oficial do PMDB, apoiado por Michel Temer.

Candidatura à revelia, Fábio Ramalho ainda venceu o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que retorna à Casa após deixar o Ministério da Justiça e recusar o Ministério da Transparência, recuperando a sua cadeira de deputado e deixando o suplente e “homem da mala” Rocha Loures (PMDB-PR) sem foro privilegiado.

Em fevereiro, na nomeação do ministro da Justiça, após a vaga aberta pela nomeação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, Temer preteriu novamente Minas, não aceitando a indicação do deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB). Optou por chamar Osmar Serraglio, como forma garantir mandato ao primeiro suplente Rocha Loures, seu amigo pessoal e, na ocasião, assessor da Presidência.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)