Inicialmente previsto para ser entregue nesta sexta-feira, 2, conforme anunciado pelo advogado de Dilma, Flávio Caetano, em coletiva de imprensa, o parecer foi concluído antes e entregue aos sete ministros do TSE, em Brasília.
No parecer, os autores sustentam que é "juridicamente descabida a possibilidade de julgamento separado das contas" de Dilma e de Temer porque a arrecadação feita pelos dois foi usada para a mesma campanha, que elegeu ambos. A tese contrapõe o parecer elaborado pelo jurista Ives Gandra da Silva Martins e apresentado pela defesa do peemedebista na Corte.
O parecer diz ainda que, se ficar comprovada alguma irregularidade, os dois devem ser penalizados, mesmo que não tenham praticado diretamente o crime. Além disso, os autores sustentam que Dilma ou Temer devem ficar inelegíveis apenas se houver "demonstração da participação do candidato nos ilícitos apurados".
Os advogados alegam, no entanto, que a chapa não cometeu irregularidades e pedem a improcedência das denúncias feitas pelo PSDB na ação. Em caso de cassação, a defesa sustenta que Dilma continue elegível para cargos públicos.
(Daniel Weterman).