O presidente está preocupado com os rumos da Operação Patmos, que o cerca.
A prisão de Rodrigo Rocha Loures e uma eventual delação premiada de seu ex-assessor especial inquietam o presidente e aliados.
Mariz de Oliveira, um veterano da advocacia criminal, estuda o caso minuciosamente. Caberá a ele definir a estratégia jurídica do presidente no âmbito da Operação Patmos.
A base da investigação contra o presidente é a delação premiada de executivos da JBS.
O acionista do grupo Joesley Batista gravou reunião com Temer no Palácio do Jaburu na noite de 7 de março. Nesse encontro, Joesley narrou ao presidente uma rotina de crimes, como o pagamento de mesada de R$ 50 mil para o procurador da República Ângelo Goulart em troca de informações sigilosas da Operação Greenfield, investigação sobre rombo nos maiores fundos de pensão do País.
A gravação mostra Temer supostamente incentivando Joesley. Ótimo, ótimo, diz, em certo momento, o presidente ao ouvir de Joesley que estava segurando dois juízes.
(Fausto Macedo e Julia Affonso).