A manifestação reúne milhares de manifestantes no Largo da Batata, zona oeste da capital. Representantes de movimentos sociais que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo focaram a "falta de legitimidade" do Congresso, onde vários deputados e senadores são investigados por envolvimento com o esquema de corrupção revelado pela Lava Jato, para escolher um eventual sucessor do presidente Michel Temer.
Economista, professora da USP e integrante do movimento Queremos Prévias, Laura Carvalho disse que o momento exige mais participação popular e não o contrário. "A gente não quer o Michel Temer nem outro Michel Temer para fazer isso [reformas da Previdência e trabalhista]. A gente quer escolher. A gente quer mais participação e não menos participação", disse ela.
Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Levante Popular da Juventude e Círculo Palmariano, todos eles integrantes das frentes Brasil Popular e povo Sem Medo, também usaram a palavra. Entre os participantes do protesto havia desde pessoas sem ligação com grupos e movimentos sociais que foram ao Largo da Batata pedir a saída de Temer e realização de eleições diretas até militantes de partidos políticos e sindicatos com camisetas e bandeiras.
Muitos deles carregavam cartazes com outras pautas como a suspensão das reformas trabalhista e da Previdência, desmilitarização da Polícia Militar, legalização das drogas e ainda com frases contra o racismo, machismo e homofobia.
O ato teve início às 11h com o show do cantor Chico César, e vai até às 18h. Ao longo da tarde, além de blocos como o Acadêmicos do Baixo Augusta, a manifestação prevê apresentações de Mano Brown, Criolo, Emicida, Pitty e Péricles, entre outros artistas.