A Polícia Federal enviou um rol de 82 perguntas ao presidente Michel Temer no inquérito da Operação Patmos - investigação que põe sob suspeita o peemedebista no caso JBS. As perguntas foram entregues a um advogado do peemedebista.
Na semana passada, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para o presidente responder às indagações dos investigadores.
Temer mergulhou em sua pior crise política após ser gravado na noite de 7 de março pelo empresário Joesley Batista, da JBS, no Palácio do Jaburu. O conteúdo do áudio é peça chave do inquérito da Polícia Federal que põe o presidente sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
Joesley fez a gravação às escondidas - o presidente não sabia que sua visita no Jaburu estava munida de um gravador.
Nessa conversa, Joesley narrou a Temer uma rotina de crimes, como o pagamento de contribuição de R$ 50 mil mensais ao procurador da República Ângelo Goulart e mesada milionária da Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara, preso desde outubro de 2016 na Operação Lava Jato.
Segundo os investigadores, a reunião serviu para Temer "escalar" Rocha Loures como seu interlocutor com a JBS para tratar dos interesses do grupo no governo.
Temer alega que o áudio foi "manipulado, adulterado". O áudio está sendo submetido a uma perícia no Instituto Nacional de Criminalística, braço da Polícia Federal.