O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira a transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para a carceragem da Polícia Federal em Brasília.
O ex-parlamentar estava na Penitenciária da Papuda desde o dia 7 e alegou risco de vida para voltar para a carceragem da PF.
A defesa de Rocha Loures disse que ele sofria "ameaças diretas e indiretas" por especulações de que poderia assinar um acordo de delação premiada com a Justiça.
E contou que, no último dia 8, o pai do ex-deputado recebeu um telefonema em que foi avisado que corria risco de vida caso Loures não aceitasse fazer delação.
“Não seria de se ignorar que o interior de prisões é local propício para se encaminhar um matador, um executor de sua execução”, alegou a defesa do ex-deputado.
Ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB), Rocha Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo, em São Paulo, uma mala com R$ 500mil. Segundo delações de executivos da JBS, o dinheiro era proveniente de propina.
No despacho de duas páginas, o ministro Edson Fachin determinou a transferência de Loures em razão das gravidade das alegações. O magistrado ainda pediu apuração das ameaças pelo Ministério Público. (Com agências)