A defesa da jornalista Andrea Neves, presa preventivamente desde 18 de maio no âmbito da Operação Patmos – um desdobramento da Lava-Jato –, conta com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar tira-la da prisão.
Na terça-feira que vem está na pauta da Primeira Turma do STF um agravo regimental. Embora os julgadores sejam os mesmos ministros que nesta terça-feira optaram, em sua maioria, por mantê-la na prisão, a defesa da irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB) acredita que terá um resultado diferente na semana que vem.
“O voto de desempate invocou algumas circunstâncias fáticas que não estavam com informações completas. Há chance de eles (os ministros) reexaminarem a questão”, afirmou o advogado de Andrea, Marcelo Leonardo.
O advogado referia-se ao ministro Luiz Fux, que desempatou o julgamento – que estava em dois a dois. O magistrado comentou sobre uma diligência de busca e apreensão em apartamento de Andrea Neves, no Rio de Janeiro.
“Ela não estava lá, tanto que foi presa em Belo Horizonte, mas logo em seguida providenciamos uma forma de abrir o apartamento, que foi alvo da busca e apreensão. O juiz alegou essa questão para justificar que por hora ela deveria ser mantida presa”, afirmou Marcelo Leonardo.
Na sessão desta terça-feira, os ministros Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes votaram pela soltura de Andrea Neves, enquanto Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux optaram por manter a prisão. .