Desde janeiro funcionando no improviso, o plenário principal da Câmara Municipal, o Amynthas de Barros, terá sua reforma concluída este mês. Poltronas similares às do Senado Federal já estão na Casa Legislativa e as mesas dos vereadores chegam na próxima semana. O cronograma prevê que os novos móveis estejam instalados para as reuniões plenárias de julho, quando se espera que as sessões voltem à normalidade.
“Estão faltando detalhes. As cadeiras já chegaram e as mesas chegam na próxima semana”, avisa o presidente da Casa Legislativa, Henrique Braga (PSDB). A justificativa para a demora é porque houve dois processos fracassados e uma das empresas participantes também recorreu. Somente as cadeiras custaram R$ 171 mil. A encomenda é de uma poltrona com encosto alto para o presidente, no valor de R$ 4,7 mil, e outras 50 poltronas – 10 a mais que o número de vereadores –, no valor de R$ 3,3 mil, para os demais parlamentares.
As poltronas são giratórias e têm encosto para os braços. O acabamento é com capa de polipropileno. Elas contam ainda uma mola na coluna central para amortecer e evitar impactos bruscos. Segundo justificativa no edital, as cadeiras novas são necessárias porque “as atuais poltronas estão em estado lastimável”. Os móveis seguem os modelos do Senado Federal.
A reforma do plenário, que agora é revestido de mármore branco e vidros espelhados, entre outros luxos, custou cerca de R$ 1 milhão. O recurso inclui também a reforma do restaurante da Câmara, ainda em fase de acabamento. “Estão faltando somente alguns detalhes”, afirma Braga, sem precisar a reabertura.
Durante a votação da reforma administrativa do governo Alexandre Kalil (PHS), nesta semana, a falta do painel eletrônico foi assunto em plenário. Como eles estão vinculados às mesas, enquanto elas não chegarem, não há como usar a tecnologia, que agiliza as votações. A apreciação do projeto da prefeitura, com suas mais de 100 emendas, várias delas polêmicas, durou mais de cinco horas.
A votação só não demorou mais porque o líder de governo, Léo Burguês de Castro (PSL), fez acordo com vereadores para analisarem as emendas em 17 blocos. Ainda assim, a cada voto e pedido de verificação de quórum, era preciso chamar um a um os parlamentares. A vereadora Nely (PMN) comandou a chamada.
Restaurante popular
Em atraso, a obra do Restaurante Popular na Câmara também está na reta final, de acordo com o presidente da Casa. Segundo Henrique Braga, falta a licitação do mobiliário. Por decisão da Justiça, o restaurante popular da Câmara Municipal está fechado desde junho porque não se adequava às normas da Vigilância Sanitária.
O refeitório funcionou por 12 anos e servia 1,2 mil almoços por dia. A obra foi compromisso firmado entre Executivo e Legislativo.