Minas Gerais segue com as despesas maiores do que as receitas no orçamento pelo menos até 2020. É o que prevê na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que aguarda votação na Assembleia Legislativa. Para 2018, segundo os números enviados pelo Executivo, a previsão é de um rombo de R$ 7,4 bilhões. A cifra diminui valor negativo com o qual a LDO deste ano foi aprovada, de R$ 1,1 bilhão.
Em ofício enviado ao Legislativo, o secretário de Planejamento e Gestão Helvécio Magalhães fala sobre o déficit primário, que exclui os juros da dívida. Ele prevê redução gradual até 2020, passando de R$ 2,88 bilhões em 2017 para R$ 676 milhões em 2018 até chegar a um superávit primário de R$ 637 milhões, em 2020.
O gasto com pessoal previsto na LDO passa dos atuais R$ 48,8 bilhões para R$ 53,2 bilhões, um adicional de 9,1%. Também aumentam as despesas com a dívida pública.
Os juros e encargos da dívida sobrem de R$ 2,6 bilhões este ano para R$ 4,2 bilhões em 2018, um acréscimo de 64,3%. De acordo com a Seplag, esse acréscimo se deve à evolução do acordo entre estados e União que reduziu os valores das parcelas em 2016 e 2017.