O prefeito Alexandre Kalil (PHS) vai vetar trechos da reforma administrativa que não interessam ao Executivo. Aprovado na última quarta-feira na Câmara Municipal, o Projeto de Lei 238/2017 recebeu mais de uma centena de emendas dos vereadores. Técnicos da prefeitura vão passar um pente-fino no texto antes de Kalil sancioná-lo e devolvê-lo à casa legislativa, o que deve ocorrer nos próximos 30 dias.
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O texto tem cinco dias úteis, contados desde quarta, para ser encaminhado à prefeitura. A análise pelo Executivo levará cerca de um mês, segundo Burguês.
Fora do acordo
Mas a parte mais espinhosa será a análise de emendas aprovadas pelos vereadores fora do acordo. Quase ao fim da votação, vereadores fugiram da orientação do governo e disseram “sim” a cinco propostas que Kalil não esperava. As emendas garantem que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) tenha exclusividade em relação à consultoria e assessoramento jurídico do município. Também delega ao órgão a coordenação sobre a inscrição em dívida ativa dos créditos devidos aos cofres públicos.
Outra emenda garante a gratificação de 100% a todos os servidores com dedicação exclusiva. Há também proposições que impedem a criação de cargos comissionados sem aprovação da Câmara e a criação ou extinção de equipamentos públicos culturais por decreto.
A reforma administrativa prevê a redução de 37% nos cargos comissionados, com corte de 400 cargos de livre nomeação e a transformação de 370 cargos de recrutamento amplo em cargos de recrutamento restrito – exclusivo para servidores efetivos. Também reduz a estrutura administrativa de 31 órgãos com status de secretaria para 18. As mudanças, de acordo com a prefeitura, representam economia de R$ 30 milhões ao ano. Outra mudança é a criação da Secretaria Municipal de Cultura.
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