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Estado de Minas

Pastor pede desculpas à comunidade LGBT por ataques de evangélicos; veja vídeo

José Barbosa mora em Belo Horizonte e faz parte do movimento 'Jesus cura a homofobia'. Postagem tem sido alvo de ataques e críticas, mas também de apoio por parte de diversos internautas.


postado em 20/06/2017 09:56 / atualizado em 20/06/2017 10:31

O pastor José Eduardo Barbosa com uma das integrantes do grupo nacional de
O pastor José Eduardo Barbosa com uma das integrantes do grupo nacional de "Mães pela Diversidade" (foto: Divulgação/Facebook)
Um vídeo em que um pastor pede desculpas à comunidade LGBT durante a parada gay de São Paulo, no domingo, viralizou na internet. A postagens já tem milhares de visualizações, compartilhamentos e comentários, muitos deles bastante agressivos, mas a maioria de apoio à fala do pastor.

O autor do pedido de desculpas é José Barbosa Júnior, 46 anos, teólogo, nascido em Terezopolis, mas residente em Belo Horizonte há cerca de um ano e meio. Desde que o vídeo foi postado em seu Facebook e reproduzido em outros perfis, sua página passou a ser alvo de hackers e de discursos de ódio.

“A reação foi muito boa na parada, mas depois começaram as agressões. Mas no geral tenho recebido mais apoio do que críticas”, diz o pastor, um dos criadores há dois anos do movimento “Jesus cura a homofobia” , que reúne cristãos de vários religiões, mas a maioria de evangélicos, no combate ao preconceito e ao ódio contra a população LGBT.

Em seu breve discurso, do alto do trio elétrico do evento, realizado no último domingo na Avenida Paulista, José Eduardo pede perdão por todas as “mazelas” feitas pela igreja evangélica” à comunidade LGBT. Diz ainda que os pastores Silas Malafaia e Marcos Feliciano, também deputado federal pelo PSC de São Paulo, conhecidos por suas posturas contrárias à comunidade LGBT, não representam todos os evangélicos do Brasil.



“Os evangélicos amam sim. A gente está aqui para falar que toda forma de amor é abençoada por Deus e vocês podem se divertir e amar porque Deus está com vocês. A bancada evangélica é uma vergonha para o evangelho e para todas as igrejas”, discursou.

Segundo ele, sua fala causou certa estranheza até mesmo entre os defensores da causa LGBT porque a ideia geral que se tem hoje é que os evangélicos são sempre conservadores. “Mas tem muito evangélico que pensa como eu”, afirma o pastor, que é separado e tem uma filha de 18 anos. Para ele, não é preciso deixar de ser gay para professar sua crença.

Ele foi convidado para discursar na parada pelo grupo nacional de "Mães pela diversidade", um dos organizadores da parada Gay de São Paulo. O evento também defendeu o fim do preconceito e da homofobia e o estado laico representantes de diversas outras religiões. O tema da para deste ano na capital paulista, a maior do mundo, foi a defesa do estado laico e o fim da LGBTfobia.


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