Mais cedo, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), em entrevista à rádio CBN, disse ver possibilidade de impeachment de Pezão. "O crime de responsabilidade está agora textualizado em dois documentos", disse Picciani à CBN. Segundo o deputado, os documentos são o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que recomendou a rejeição das contas de 2016 do Executivo, e a resposta formal do governo a um ofício enviado pela Alerj, que comprovaria irregularidades nos repasses orçamentários aos poderes independentes, como Legislativo e Judiciário.
"Isso quer dizer que eu terei que analisar eventuais pedidos de impeachment que já tramitam e outros que podem tramitar com esses elementos de outra forma, mas primeiro quero ver as contas votadas", disse Picciani, lembrando que o parecer do TCE precisa ser primeiro analisado em comissões da Alerj para então ser votado no plenário.
Na conversa com a comissão de funcionários, Pezão disse que as demandas dos servidores, que não recebem desde abril, só poderão ser atendidas caso haja a assinatura do Programa de Recuperação Fiscal, que ainda precisa ser aprovado pelo governo federal. O governador teria afirmado que a assinatura pode sair até o dia 30 deste mês. Neste caso, começaria a receber recursos somente em 60 dias. Em diferentes momentos, ele disse não ter certeza de que cumpriria o seu mandato.
"A gente sai decepcionado.
Os rendimentos de abril e maio e o 13º salário de 2016 estão pendentes, os planos de carreira estão congelados e aprovados em concursos não foram convocados. Pezão havia se encontrado pela última vez com os servidores em novembro de 2015.
(Lucas Gayoso, especial para AE).