No caso da BR-381, a definição sobre uma das usinas de concreto que se encontra paralisada deve sair nas próximas semanas. A outra usina, que será usada para a pavimentação de trechos já terraplanados, opera apenas com 10% de sua capacidade e aguarda a liberação ambiental para aumentar o ritmo das obras. A maior parte da duplicação está completamente paralisada e voltou à fase de estudos técnicos. No entanto, obras em dois trechos (Nova União e Antônio Dias) da rodovia que seguem em ritmo lento são fundamentais para evitar que recursos gastos com túneis e terraplanagem (já finalizados) sejam desperdiçados.
A pavimentação dos mais de 100 quilômetros de estrada de terra da BR-367, que atravessa o Vale do Jequitinhonha, também corre o risco de ver recursos já previstos no orçamento deste ano passarem longe da tão esperada obra. Foram reservados R$ 60 milhões para pavimentar o trecho que vai de Almenara até a divisa com a Bahia, montante que representa apenas 20% do total necessário para a obra. No entanto, a falta de um plano de controle ambiental e a demanda dos órgãos ambientais por estudos de cavernas e grutas nas margens da rodovia podem barrar o início das obras.
O ritmo lento das obras tem alertado parlamentares mineiros, que temem que o dinheiro previsto no orçamento de 2017 não seja usado até o final do ano e volte aos cofres da União.
Em maio, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente informou que os processos de licenciamentos para as obras são colocados como prioritários “por se tratarem de obras de utilidade pública e interesse social”.
Por meio de nota enviada nesta sexta-feira (23), a Semad reforçou que as análises são prioridade e que serão concluídas o mais rápido possível. Veja a nota abaixo:
"A Secreataria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável esclarece que o processo de duplicação da BR 381 está tramitando de maneira prioritária na Supram. Ressaltamos que o mesmo será concluído com a maior brevidade possível, assim que forem finalizadas algumas questões técnicas e legais relacionado à área em que se encontra instalado o empreendimento. Com relação ao licenciamento da BR 367 não existe, necessariamente, problemas ambientais relacionados à obra e sim, insuficiência de estudos. Foi solicitado pela Supram a realização de prespecção espeleológica na área diretamente afetada pelo empreendimento e no entorno de 250 metros da BR 367, trecho Salto da Divisa - Almenara, conforme legislação vigente".
.