(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Doria: Sem apoio do PSDB, governabilidade de Temer deixa de existir


postado em 24/06/2017 19:55

São Paulo, 24 - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), afirmou que o apoio do PSDB ao governo não é ao presidente Michel Temer, mas ao Brasil. "Sem o apoio do PSDB, a governabilidade deixa de existir, isto é um fato, a solidez fica comprometida", disse, após palestra em evento da XP Investimentos, na tarde deste sábado. "Não é a defesa intransigente, permanente, infinita do governo Temer. É a defesa do Brasil, da governabilidade", justificou. O PSDB é um partido que dá "solidez e sustentação" ao governo, completou o prefeito.

Doria afirmou que está alinhado com o que pensa o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), de que é preciso manter a estabilidade do País, especialmente em um momento em que a economia começa a melhorar. Caso tenha "fato grave", este apoio pode ser reavaliado. Mais cedo, durante evento em Barueri, Doria disse a jornalistas que a decisão sobre o eventual desembarque dos tucanos do governo Temer caberia à executiva do partido.

Para Doria, antecipar as eleições presidenciais seria "desastroso". "Seria iniciar um debate enfraquecendo a governabilidade do País e colocando em risco não só as reformas, como a melhora econômica." Durante a palestra na XP, que durou cerca de 40 minutos, ele foi bastante aplaudido, com gritos de "presidente" em alguns momentos. O prefeito disse que "está na política", mas repetiu o discurso usado desde a campanha à Prefeitura de que não é político, e sim um gestor.

O prefeito afirmou que foi a "série de erros" dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff que o estimularam a deixar sua zona do conforto como empresário e entrar na política. "Dilma, desculpa, mas você é uma anta", disse o prefeito, arrancando aplausos das quase 5 mil pessoas que lotaram o auditório do evento.

Sobre Lula, Doria disse que, se o petista for condenado, ele vai aplaudir a decisão, mas defende que o ex-presidente tenha a chance de disputar as eleições em 2018. "Se ele for impedido de concorrer, há o risco de se criar um mártir", avaliou. (Altamiro Silva Junior - altamiro.junior@estadao.com)

(Altamiro Silva Junior)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)