Ainda assim, no encontro que aconteceu no Palácio do Alvorada e durou cerca de duas horas não havia nenhum senador presente. "O presidente falou por telefone com pelo menos oito senadores ontem", disse o ministro, que não quis dar detalhes sobre qual a estratégia do governo para não ser surpreendido novamente na votação sobre essa matéria. "Acreditamos que vamos aprovar a reforma com placar bem amplo", afirmou.
Além de Imbassahy participaram os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Torquato Jardim (Justiça), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretária-Geral da Presidência), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), e Aloysio Nunes (Relações Exteriores). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os líderes do governo no Congresso, André Moura, e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, também estavam presentes.
Apesar de não constar na lista oficial, o advogado de Temer, Gustavo Guedes, foi um dos primeiros a chegar no Alvorada, pouco antes das 18h. Segundo Imbassahy, ainda que Guedes estivesse presente, não foi discutida na reunião o discurso que o governo adotará nesta semana sobre do laudo no qual a Polícia Federal atesta que não houve cortes na gravação do diálogo entre Temer e o empresário Joesley Batista, nem a possibilidade do oferecimento de denúncia contra o presidente pela Procuradoria-Geral da República.
"Se Temer discutiu o assunto com Guedes, foi antes de os demais presente chegarem", disse. Neste sábado, o presidente viajou a São Paulo para uma agenda extraoficial. Ele se encontrou com seu advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que trata da defesa no inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal, do qual o peemedebista é um dos alvos.
(Valmar Hupsel Filho).