Em pronunciamento feito na tarde desta terça-feira, Temer disse que está sendo vítima de fato político e a que a denúncia assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é “ilação” e “não apresenta fatos concretos”.
Ainda sobre as insinuações feitas por Temer, a PGR afirma que Rodrigo Janot “pauta-se por atuação técnica no estrito rigor da lei”. “Rodrigo Janot cumpre à risca o comando constitucional de que ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance, cuja transgressão requer o pleno funcionamento das instituições para buscar as devidas punições. Se assim não fosse, não haveria um Estado Democrático de Direito.”, afirma a nota.
Por fim, a Procuradoria informa que o ex-procurador Marcelo Miller deixou a PGR em fevereiro deste ano, mas que antes disso já não atuava direitamente na Lava-Jato, sendo apenas convocado, eventualmente, como membro “colaborador”.
“Ele integrou a Assessoria Criminal do procurador-geral da República de setembro de 2013 a maio de 2015.
Na fala de hoje mais cedo, Temer usou boa parte do tempo para insinuar que o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, teria recebido valor indiretamente de um dos advogados de escritório especializado em fechar acordos de delação. Marcelo Miller já foi procurador e era muito próximo de Janot e deixou o cargo para atuar na iniciativa privada.
"Este senhor, que acabei de mencionar, deixa um emprego que é um sonho de milhares de jovens, abandona a Procuradoria para ir para uma empresa que faz delação premiada ao procurador-geral. Mas vocês sabem que há quarentena. Mas não houve quarentena nenhuma.”, disse, insinuando que Muller pudesse estar repassando valores a Janot. .