Um dos alvos do presidente Michel Temer no pronunciamento feito nesta terça-feira (27/6), o ex-procurador Marcelo Paranhos Miller trabalhou por 13 anos na PGR — na fase final, foi praticamente o braço direito de Rodrigo Janot — e deixou o MPF em março deste ano, para ser sócio da Trench Rossi Watanabe.
O escritório é especializado em compliance (consultoria e auditoria para empresas atuarem em conformidade com as leis) e intermediou a delação premiada da J&F, em abril. A PGR garante que Miller não participou da negociação do acordo, que rendeu ao escritório US$ 27 milhões.
Um dos maiores especialistas em direito internacional e penal, Miller ajudou, ainda pela PGR, nas delações do ex-senador Delcídio do Amaral e do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, além das primeiras tratativas sobre a delação da Odebrecht (PTL).