A defesa queria suspender a decisão do ministro Edson Fachin que determinou a prisão do ex-assessor especial do presidente Michel Temer.
Flagrado carregando mala com R$ 500 mil entregues por um executivo da JBS, Rocha Loures foi preso logo após perder o mandato de deputado.
Na denúncia apresentada contra Loures e Temer, a Procuradoria-Geral da República alega que esse dinheiro teria sido entregue pela JBS a Loures a partir do poder de influência do presidente Temer.
No novo pedido, a defesa de Loures argumentou que a prisão é ilegal porque não caberia ao ministro Fachin determinar a prisão, uma vez que, na avaliação dos advogados, os fatos relatados pelos executivos não têm relação direta com o esquema investigado na Petrobras.
O argumento não chegou nem a ser analisado porque o ministro considerou que a ação era incabível e negou prosseguimento ao caso.
Plenário
Lewandowski já tinha negado um habeas corpus a Rocha Loures pelo mesmo motivo. Mas posteriormente decidiu levar o tema a plenário, depois que a defesa pediu que a Corte rediscuta o entendimento que considera incabível habeas corpus contra decisões de ministros do Supremo.
(Breno Pires e Rafael Moraes Moura).