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Estado de Minas

Defesa de assessor deTemer, Rocha Loures, diz que cliente "morre, mas não delata"

O advogado Cezar Bitencourt deu a declaração ao descrever a cela do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures . "Uma solitária, sem banheiro, sem janela, sem banho de sol", informou


postado em 30/06/2017 08:22 / atualizado em 30/06/2017 08:41

No dia 13 de junho, Fachin determinou que Loures fosse transferido do Complexo Penitenciário da Papuda, para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília(foto: Dida Sampaio/estadão Conteúdo)
No dia 13 de junho, Fachin determinou que Loures fosse transferido do Complexo Penitenciário da Papuda, para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília (foto: Dida Sampaio/estadão Conteúdo)

O ex-assessor especial  do  presidente Michel Temer e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) passa "por um momento crítico e está muito mal", informa nesta sexta-feira (30) a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. O motivo seria a cela que ele ocupa há duas semanas, na carceragem da Polícia Federal em Brasília, sem janela, com pouca ventilação e sem banheiro nem chuveiro.

A jornalista lembra que o ex-senador Delcídio do Amaral (PT) esteve nas mesmas condições, em dezembro de 2015, e teve uma crise de caustrofobia e decidiu aderir à delação premiada depois que deixou a cela.

Apesar das coincidências de destino dos ex-parlamentares, o advogado de Loures, Cezar Bitencourt,  afirmou à jornalista da Folha de S.Paulo  que Loures  "morre, mas não delata".

O advogado também disse que  o ex-parlamentar  não teve direito a banho de sol. No fim de semana, não pôde receber a visita de familiares e teve livros recolhidos. "Depois de lá teremos que levá-lo a um hospital", avaliou.

Flagra


O ex-deputado  Rodrigo Rocha Loures, de acordo com delação premiada de um dos sócios da J&F, Joesley Batista, seria testa de ferro do presidente Michel Temer. Loures e foi flagrado e filmado recebendo R$ 500 mil de um dos executivos da JBS, empresa da holding J&F.

Habeas corpus


Na terça-feira (27), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um novo pedido de liberdade feito pela defesa de Rocha Loures, preso desde  o dia 3 de junho e denunciado por corrupção passiva junto com o presidente Michel Temer (PMDB).

A defesa queria suspender a decisão do ministro Edson Fachin que determinou a prisão do ex-assessor especial do presidente Michel Temer. Mas Lewandowski assinalou que não cabe habeas corpus contra decisões de ministros da Corte.

Rocha Loures foi preso logo após perder o mandato de deputado.

Na denúncia apresentada contra Loures e Temer, a Procuradoria-Geral da República alega que esse dinheiro teria sido entregue pela JBS a Loures a partir do poder de influência do presidente Temer.

Cadeia


Na  semana passada, a  Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as condições das celas localizadas na superintendência do Distrito Federal não são ideais para a permanência de presos por muito tempo.

A manifestação da PF foi encaminhada ao ministro Edson Fachin no âmbito de uma ação cautelar contra Rocha Loures.

No dia 13 de junho, Fachin determinou que Loures fosse transferido do Complexo Penitenciário da Papuda, para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília.

Em documento assinado pelo delegado Cairo Costa Duarte, a Polícia Federal informou que sua superintendência no Distrito Federal possui "tão somente celas de passagem".

"Entenda-se por cela de passagem local adequado apenas para o aguardo de autorizações judiciais para transferências a estabelecimentos prisionais apropriados. Logo, a cela de passagem da SR/PF/DF não conta com condições ideais para permanência de presos por períodos estendidos", explicou o delegado.

"Tortura psicológica"


Para a defesa de Rocha Loures, o ex-deputado federal vem sofrendo "tortura psicológica", pois encontra-se " numa solitária, sem vaso sanitário, sem banheiro, sem janelas, sem tomar sol por todos esses dias, sem poder receber visitas aos finais de semana, nem mesmo dos seus advogados". (Com agências)


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