Manifestantes se concentram na manhã desta sexta-feira na Praça da Estação em ato contra as reformas da Previdência e trabalhista e pela saída do presidente Michel Temer (PMDB) do cargo. Representantes das centrais sindicais e categorias de trabalhadores como eletricitários, servidores públicos e funcionários dos correios carregam cartazes
Para a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG, Beatriz Cerqueira, o fundamental no dia de hoje não é ter um grande número de pessoas nas ruas. "O que é necessário é que haja paralisação e muitas categorias aderiram", disse. Segundo a sindicalista, a mobilização é contra a retirada de direitos dos trabalhadores.
Passeata
Da Praça da Estação, o grupo segue para a Praça Sete e para a Assembleia Legislativa, onde participam de audiência pública. O ato e a greve ocorrem pela segunda vez em todo o Brasil. A primeira paralisação geral contra as reformas foi no dia 28 de abril. (veja vídeo abaixo)
Conquistas
A servidora pública Denise de Araújo, 51 anos, aderiu à greve e veio se manifestar. "Estou aqui para gritar fora esse governo e as medidas dele. Não podem mexer nas conquistas que os trabalhadores demoraram tanto tempo para conseguir", disse.
Também participam do movimento representantes das igrejas. O coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, o teólogo e pastor José Barbosa, disse que o grupo está nas ruas para mostrar que nem todo evangélico concorda com a bancada religiosa no Congresso e com o governo Temer. "Eles não representam todos os evangélicos. Somos contra as reformas e repensamos todas essas questões que envolvem direitos humanos" , disse. Segundo Barbosa, o grupo também defende a saída de Temer e eleições diretas para presidente.
A servidora pública Maria Cristina Lage, 59, que veio tocar tambor na manifestação, diz ter pouca esperança de que as reformas sejam barradas. "Nossas manifestações não estão conseguindo o efeito desejado mas não podemos ficar inertes. Precisamos de um apoio popular muito maior", afirmou.