Vereadores começaram os trabalhos do segundo semestre em plenário repaginado, com a chegada das novas mesas e poltronas, semelhantes ao modelo usado no Senado. Há um ano com o espaço em reforma, parlamentares estão usando cadeiras escolares no lugar das poltronas. Na primeira sessão plenária do mês, eles cobraram a tramitação de projetos do Executivo como o Plano Diretor e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
“Teríamos que ter votado a LDO em plenário em junho”, afirma o vereador Gabriel (PHS). Gilson Reis (PCdoB) cobrou a continuidade da tramitação do Plano Diretor, que dita as regras para a ocupação da cidade. “É a grande questão que está pendente. Ano que vem já é ano de conferência de política urbana de novo e ainda não foi aprovado o plano”, disse.
Por enquanto, o líder de governo, Léo Burguês de Castro (PSL), está concentrando esforços para enviar para a sanção do prefeito Alexandre Kalil o projeto da reforma administrativa. Aprovado em segundo turno em 14 de junho, até hoje o texto não foi para a prefeitura. “Está em redação final.
LUXO “Acho que essas coisas são ostentação. Não precisa disso, ainda mais em época de contenção de despesas”, afirmou Gilson Reis, em referência ao novo mobiliário. A reforma do plenário, que agora é revestido de mármore branco e vidros espelhados, entre outros luxos, custou cerca de R$ 1,2 milhão. Somente as cadeiras custaram R$ 171 mil. Trata-se de modelo de couro com encosto alto para o presidente, no valor de R$ 4,7 mil, e outras 50 poltronas de couro – 10 a mais que o número de vereadores –, no valor de R$ 3,3 mil, para os demais parlamentares.
Ontem também foi a estreia do novo painel eletrônico da Câmara – o antigo era alugado. O novo equipamento custou mais R$ 1,2 milhão aos cofres públicos. “Tinha mais de 20 anos que não tinha uma reforma. Tem gente que reclama porque quer fazer palanque”, afirma o ex-presidente da Câmara vereador Wellington Magalhães (PTN), responsável pela obra.
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