O Ministério Público Federal em Goiás investiga se o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) furou a fila da tornozeleira eletrônica. O ex-assessor especial do presidente Michel Temer deixou a prisão no sábado, 1º, e pôs o equipamento em Goiás onde há falta de peças para monitoramento.
Foram expedidos ofícios à Polícia Federal em Brasília e à Secretaria de Segurança Pública de Goiás para que respondam, em 10 dias, 'sobre o suposto déficit do equipamento citado e, se realmente há a lista de espera, qual a fundamentação para que o ex-deputado o tenha recebido de imediato'.
Relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin determinou o cumprimento de cautelares alternativas, entre elas o uso de tornozeleira e recolhimento domiciliar noturno (das 20 às 6 horas) e também aos sábados, domingos e feriados. O ex-deputado também deve entregar seu passaporte em 48 horas, não pode deixar o País e está proibido de manter contato com investigados, réus ou testemunhas do caso JBS.
Loures, ex-assessor especial de Michel Temer, e o presidente foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O ex-deputado foi filmado em São Paulo após receber de um executivo do Grupo J&F - controlador da JBS -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, uma mala com R$ 500 mil.