Geddel, que é amigo e ex-ministro do presidente Michel Temer, foi preso preventivamente no âmbito da Operação Cui Buono?, que investiga supostas práticas criminosas na liberação de créditos e investimentos por parte de duas vice-presidências da Caixa.
No pedido enviado à Justiça, a PF e o Ministério Público Federal sustentam que Geddel tem agido para atrapalhar as investigações.
A prisão foi baseada nos depoimentos do operador Lucio Funaro e do empresário e delator Joesley Batista no âmbito da Cui Bono e atende a pedido da Polícia Federal e da Força-Tarefa Greenfield - que também é responsável pelas operações Sépsis e Cui Bono.
A prisão de Geddel, um amigo pessoal de Temer há mais de 30 anos, reacendeu a preocupação com a crise política, uma vez que a semana havia começado em um clima mais “tranquilo”, nas palavras de um aliado. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sexta-feira, devolver as funções parlamentares de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Senado e soltar o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O Planalto avaliava, então, que poderia se concentrar nas articulações com a base para ter voto suficiente na Câmara para barrar a denúncia por corrupção passiva apresentada por Janot contra Temer.
O Palácio do Planalto agora se preocupa com possíveis investidas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Investigados na Operação Lava Jato, eles são os auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pode agora tentar acelerar as apurações contra os dois peemedebistas, na avaliação de assessores do Planalto.
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