O novo inquérito que ficou com Gilmar diz respeito ao suposto pagamento de vantagens indevidas para a campanha eleitoral de Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 2010.
Esse inquérito foi distribuído por prevenção a Gilmar Mendes porque um outro processo, também com base na delação da Odebrecht, foi redistribuído ao ministro no mês passado por sorteio eletrônico.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado favorável à redistribuição dos dois inquéritos - que estavam inicialmente com o ministro Edson Fachin - e pediu que ambos ficassem com o mesmo relator.
Esse segundo caso diz respeito à acusação de que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo Odebrecht para a sua campanha presidencial. De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda. O tucano nega as acusações.
(Rafael Moraes Moura e Breno Pires).