Uma semana depois de declarar publicamente seu posicionamento a favor do afastamento do presidente, o grupo anuncia a criação do Mapa Afasta Temer, com a publicação diária do posicionamento de cada um dos deputados sobre a admissibilidade ou não da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o peemedebista, além da realização de atos de rua, marcados para agosto.
O placar vai ao ar a partir das 17 horas desta quarta-feira, 5.
A votação do parecer que será elaborado pelo relator da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara será em sessão plenária com a possibilidade de participação de todos os deputados. Serão necessários 342 votos para que a autorização seja dada.
"Vamos focar nos indecisos porque não vamos focar apenas nos posicionamentos. Vamos ensejar ações", disse o porta-voz do Vem Pra Rua, o empresário Rogério Chequer. "No fundo, a gente respeita mais quem toma posição do que aqueles que ficam barganhando posição. São esses que causam mais danos à democracia."
Chequer afirmou que o Vem Pra Rua vai publicar os contatos (telefones e emails) dos parlamentares que se declararem indecisos. "Vamos fazer a divulgação dos contatos e ensejar o Brasil inteiro a entrar em contato com eles e pedir o que eles querem", disse. Segundo ele, o Mapa vai servir tanto para a denúncia que já foi apresentada pela PGR quanto as que estão por vir.
"Os deputados têm dito que vão analisar a denúncia, mas eles não têm que entrar no mérito da denúncia.
Marcha
A ação é semelhante ao o que o grupo fez no ano passado, ao publicar o Mapa do Impeachment. E, também tal qual em 2016, o grupo pretende levar seus seguidores para uma manifestação de rua.
Já está agendada para o dia 27 de agosto a Marcha Contra a Impunidade e Pela Renovação, que deve ocorrer em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, o ato será na Avenida Paulista, mesmo local das manifestações pelo impeachment. "Será o primeiro ato pela renovação política de 2018", resumiu Chequer.
O porta-voz do Vem Pra Rua disse que o grupo passou a apoiar o afastamento de Temer após a denúncia oferecida contra ele pela PGR, por corrupção passiva. "A falta de governabilidade só vai piorar, e teremos seis meses úteis daqui até março. Ou aproveitamos para ter uma agenda legislativa ou o país vai ficar parado até as eleições de 2018", disse.
(Valmar Hupsel Filho).