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Estado de Minas

Aécio se mantém como 'presidente licenciado' do PSDB

O senador Aécio Neves comunicou os correligionários tucanos que quer deixar o senador Tasso Jereissati (CE) no comando do partido


postado em 05/07/2017 08:07 / atualizado em 05/07/2017 08:33

(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado )
(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado )

Brasília - o retorno ao Senado após 46 dias de afastamento das funções parlamentares, o senador Aécio Neves (MG) avisou aos correligionários do PSDB que não pretende, pelo menos por enquanto, retomar a presidência efetiva da legenda, mas continuará como "presidente licenciado".

Pelo estatuto tucano, ele teria a prerrogativa de reassumir o cargo, mas optou por deixar  o senador Tasso Jereissati (CE) no comando . Apesar da decisão, Aécio, Tasso e o senador José Serra (SP) se colocaram contra a proposta de aliados do governador Geraldo Alckmin de antecipar a convenção nacional do PSDB de maio de 2018 para o segundo semestre.

A antecipação da renovação da direção partidária também é defendida pelos "cabeças pretas", ala do PSDB da Câmara que prega o rompimento com o presidente Michel Temer, e por setores do partido que atuam nos movimentos sociais, como a J-PSDB (Juventude Tucana).

Em conversas reservadas, deputados dizem que a presença de Aécio como presidente licenciado traz todos os holofotes para o PSDB. Os "cabeças pretas" avisaram que, se o senador não fizer "um gesto de grandeza" de renunciar, o grupo vai começar a pressioná-lo publicamente.

Em reunião na semana passada com senadores e deputados, Serra expôs esse raciocínio. A solução que se constrói nos bastidores da sigla é deixar do jeito que está. Ou seja: adiar ao máximo a próxima reunião da Executiva e deixar Tasso no comando de forma interina, enquanto Aécio fica por prazo indeterminado como presidente licenciado.

Os caciques também não querem dar holofote aos "rebeldes". O principal obstáculo à proposta de manter a cúpula tucana, entretanto, é Alckmin. Mas até ele dá sinais de que pode aceitar a ideia. O prefeito João Doria, aliado do governador, se posicionou contra antecipar a eleição. "Tasso pode ser efetivado, mas só para cumprir o final deste mandato, até maio de 2018, quando o PSDB deve convocar eleição para o Diretório Nacional", disse o prefeito.


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