O depoimento foi tomado, via videoconferência, pelo juiz federal de Brasília Vallisney de Souza Oliveira.
O ex-presidente ressaltou que a escolha "normalmente passava pelo ministro das Relações Institucionais, Ministério da Fazenda e Casa Civil". Segundo ele, depois desse caminho, a nomeação era levada novamente à Presidência da República e, não havendo nada que desabonasse o escolhido, era confirmado. Além disso, Lula disse não se recordar de um suposto encontro em que Temer e Moreira, ainda em 2010, teriam agradecido a ele a nomeação e confiança. "Não agradeceram. Foram ingratos", disse.
Liberação
No depoimento, Lula também afirmou desconhecer qualquer influência de Cunha na liberação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e uma preferência para projetos que fossem de interesse da Odebrecht.
Cunha é suspeito de ter cobrado propina para liberar empréstimo com juros reduzidos por meio do FI-FGTS. Segundo a Polícia Federal, o fundo teria gerado cerca de R$ 20 milhões de propina para políticos - o deputado cassado, preso em Curitiba, está entre eles. Alves, ex-ministro do Turismo, que está preso em Natal, é réu na mesma ação penal.
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