O superintendente de Administração Penitenciária, coronel Victor Dragalzew, negou que esteja faltando tornozeleiras e que Loures tenha furado a fila. "Cedemos (a tornozeleira) a pedido do Departamento de Administração Penitenciária Nacional. O Depen é o órgão que comanda o Pacto Integrador de Segurança Pública", justificou, durante entrevista coletiva nesta terça-feira, 4, alegando que não ficaria bem recusar o pedido.
Ele insistiu que existe número suficiente de tornozeleiras em Goiás, mas reconheceu que o atendimento não acontece com a mesma rapidez que houve no caso que gerou a polêmica. O motivo é "questão de operacionalização". Segundo o superintendente, existe um número reduzido de empresas aptas a trabalharem com o monitoramento eletrônico de presos.
Em Goiás, existem dois presos por vaga nos presídios. A disparidade entre o número de presos que aguardam por tornozeleiras em Goiás - que, segundo o Ministério Público, chega a 4 mil, enquanto há 955 equipamentos disponíveis - e a velocidade com que Rocha Loures recebeu o benefício é o que chamou a atenção de promotores como Fernando Krebs e Marcelo Celestino.
Celestino denunciou que a Comarca de Jaraguá, no interior goiano, espera desde 2015 por cem tornozeleiras, solicitadas judicialmente, mas elas nunca foram entregues. Para ele, houve tratamento desigual.
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