Pacheco reuniu na manhã desta quarta coordenadores de bancadas e fechou alguns procedimentos sobre as sessões de análise da denúncia. "Se este procedimento redundar no encerramento disso na quinta-feira (6), que seja. Senão, vamos avançar a semana seguinte até que possa ser garantido este rito transparente, este rito democrático na CCJ", declarou. "Vamos evitar, para cumprir o regimento no tocante ao prazo de cinco sessões, mas se for preciso alongar por mais uma, duas sessões, assim faremos para garantir a lisura do procedimento na CCJ", completou.
Apresentada a defesa de Temer nesta quarta, inicia-se a contagem do prazo das cinco sessões plenárias de tramitação na CCJ. Se Zveiter pedir mais prazo para concluir o relatório, Pacheco avisou que concederá o pedido.
Pelo acordo, cada membro titular e suplente poderá falar por até 15 minutos na sessão de debates. Ficou acertado que 20 não membros à favor da denúncia e 20 não membros contra o pedido da PGR poderão falar por até 10 minutos, por ordem de inscrição.
A oposição já está contando com a possibilidade de não votar o parecer na CCJ na próxima semana, o que contraria a orientação do governo, que quer votação célere. "Conseguimos estender o debate sem o afogadilho de votar a matéria na semana que vem no plenário. O debate na CCJ estará garantido para que a sociedade possa acompanhar aqui o parecer que o plenário decidirá provavelmente na segunda quinzena de julho", disse Júlio Delgado (PSB-MG).
Na reunião desta quarta não houve acordo para que a comissão convide o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas segundo fontes, Pacheco se mostrou sensível ao pedido da oposição. O peemedebista vinha resistindo à possibilidade de trazer Janot na comissão, mas anunciou que tomará uma decisão entre hoje e quinta-feira.
A defesa de Temer poderá se manifestar depois do voto do relator, pelo mesmo tempo que Zveiter falar. A expectativa é que haja pedido de vista, o que permitiria o início dos debates na quarta-feira, 12. No mesmo dia, haverá sessão extraordinária da CCJ de manhã para retomar a discussão da PEC das Eleições Diretas em caso de vacância da presidência da República. Superada a fase dos debates, relator e defesa poderão se manifestar mais uma vez. A votação será nominal no painel eletrônico.
(Daiene Cardoso).