A defesa de Moreira Franco pediu que os esclarecimentos solicitados fossem enviados à Justiça Federal por escrito, mas o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, decidiu que o ministro será ouvido pessoalmente, em data ainda a ser definida. O peemedebista foi uma das testemunhas solicitadas pela defesa de Cunha.
A investigação foi iniciada no âmbito da Operação Lava Jato e remetida à primeira instância depois da cassação do mandato de Cunha, o que fez com que o peemedebista perdesse a prerrogativa de foro.
Nesta quarta-feira, 5, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, prestou depoimento à Justiça Federal, na condição de testemunha de Cunha. Na última terça-feira, 4, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Marcelo Odebrecht prestaram depoimento como testemunhas no âmbito do mesmo processo.
Chamado pela defesa de Funaro, Marcelo Odebrecht - que está preso em Curitiba e depôs por videoconferência - disse não conhecer o doleiro, e afirmou se lembrar de apenas uma reunião com Eduardo Cunha na residência oficial da Câmara. Sobre influência de Cunha na Caixa, Odebrecht disse que "todo mundo dava como certo que Fabio Cleto (ex-vice presidente da Caixa) estava dentro da área de influência de Eduardo Cunha", no depoimento prestado ao juiz Vallisney de Souza Oliveira.
(Rafael Moraes Moura).