Às vésperas da votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente Michel Temer convocou uma reunião com líderes da base aliada e ministros de Estado neste domingo, 9, no Palácio da Alvorada.
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Vice-líder do governo na Câmara diz confiar 101% em Rodrigo MaiaCármen Lúcia mantém andamento de denúncia contra Temer na CCJDoria diz que PSDB deve desembarcar de gestão Temer, mas apoiar reformasTemer admite que relatório causa 'estragos' na base aliadaAlém dos comandantes de bancada, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) também participam da reunião.
Outras presenças confirmadas no encontro são dos líderes do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Pela manhã, no Palácio do Jaburu, Temer se reuniu por pouco mais de uma hora com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a votação da denúncia apresentada contra o presidente.
O governo tem pressa para votar a denúncia, mas teme que os debates na Comissão de Constituição e Justiça se alonguem e não seja possível concluir o processo na próxima semana.
Por isso, não vai se esforçar para votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nesta semana, o que, em tese, abre a possibilidade de os deputados serem convocados durante o recesso parlamentar para votar a denúncia contra o presidente Michel Temer.
Sem aprovar a LDO, deputados e senadores não poderiam entrar em férias. Nos últimos anos, no entanto, se instituiu o chamado "recesso branco", quando Câmara e Senado continuam abertos, mas normalmente não há sessões deliberativas e a presença do parlamentar no Congresso não é cobrada.
Segundo um líder do governo, caso a votação da denúncia não aconteça até o início oficial do recesso, em 17 de julho, a não aprovação da LDO permitiria a convocação de uma sessão extraordinária, durante o recesso branco, para deliberar sobre o caso.
Cada vez mais afastado do Palácio do Planalto, cabe a Maia marcar a data da votação da denúncia no plenário. Ele tem sido pressionado por deputados da oposição e até da base a deixar a conclusão do processo para agosto, após o recesso.
Para que haja o recesso formal, a LDO precisa ser aprovada, em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado, na próxima semana..