Após mais de seis horas de ocupação, as senadoras da oposição desocuparam a mesa da presidência do Senado. Mesmo sem acordo, o presidente da Casa, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), reabriu a sessão e deu início a votação do projeto que trata da reforma trabalhista.
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A última a deixar a Mesa foi a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) para que a apreciação do PLC 38/2017 possa ocorrer. O acordo foi para que o presidente Eunício permita o encaminhamento da votação.
Além de Fatima, o protesto é feito pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO).
A votação do projeto de lei que muda as regras trabalhistas estava marcada para às 11h desta terça-feira (11/7), mas, desde as 12h30 estava suspensa. As luzes foram acesas, novamente, após quatro horas no escuro, por volta das 16h33.
Mais cedo, o presidente da Casa criticou a postura das parlamentares e declarou que impedir a votação não era democrático. “Nem a ditadura militar ousou ocupar a Mesa do Congresso”, afirmou.
O ponto apresentado pelas senadoras como motivador para o protesto está relacionado, principalmente, à condições de trabalho de mulheres grávidas. No atual texto, as trabalhadoras poderiam ser expostas à condições insalubres.
A resistência em alterar o ponto é que modificações na proposta farão com que o PL volte a Câmara dos Deputados. O que não é interesse do presidente Michel Temer (PMDB).