Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara fará nesta quarta-feira, 12, a partir das 11h, a primeira sessão de discussão do parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) que pede a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer. Parlamentares da oposição já fazem fila na entrada do plenário da CCJ para serem os primeiros a discursar na sessão.
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Confira o placar dos votos dos deputados mineiros na denúncia contra TemerGoverno Temer pressiona para derrubar denúncia de corrupçãoTemer diz que será 'obediente' à decisão dos deputados sobre denúnciaCCJ da Câmara começa hoje debate da denúncia contra TemerPelo acordo firmado entre coordenadores de bancada na semana passada, ficou acertado que os 132 membros da comissão (titulares e suplentes) poderão se inscrever para falar por 15 minutos. Também foi aberta a possibilidade de outros 40 não-membros (20 contra a denúncia e 20 à favor), se pronunciarem por até 10 minutos cada. Pelos cálculos da comissão, serão mais de 40 horas de sessão, com reuniões avançando até o fim da noite. Na melhor das hipóteses, o parecer seria votado na sexta-feira, 14.
Diante das articulações da base do governo para encurtar o debate sobre a denúncia, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), se recusou a dar celeridade à tramitação do pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Considerado parlamentar de atuação independente do governo, Pacheco apresentou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara pedindo a prorrogação por mais três sessões plenárias para a conclusão dos trabalhos na comissão.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), despachou o pedido para apreciação do plenário, mas avisou que não pretende colocar o requerimento em votação por entender que não pode avocar o tema ao plenário antes que a CCJ conclua a tramitação.
O prazo regimental de cinco sessões plenárias para analisar a denúncia contra Temer termina hoje, 12. No requerimento, Pacheco alegou que era necessário uma medida preventiva para garantir o amplo debate no colegiado e evitar questionamentos judiciais no futuro.
O peemedebista tomou a decisão de apresentar o requerimento após líderes da base sinalizarem que iriam quebrar o acordo feito na CCJ permitindo com que mais de 170 parlamentares discursassem na colegiado.
Os governistas não descartam apresentar um requerimento de encerramento de discussão após o 10º discurso na comissão, quebrando o acordo da semana passada. "Não vamos aceitar. Acordo é acordo e tem de ser cumprido", disse o peemedebista na terça-feira, 11.
Contrariado, Pacheco avisou que se houver quebra do compromisso, vai dar espaço para que a oposição obstrua as sessões de análise da denúncia.
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