Brasília - Raquel Pitta, mulher do corretor Lúcio Bolonha Funaro, confirmou, em depoimento à Polícia Federal, ter recebido ligações telefônicas do ex-ministro Geddel Vieira Lima nas quais teria sido "pressionada".
Leia Mais
Presidente da CCJ indefere requerimento que pedia convocação de GeddelGeddel admite 'mais de dez' ligações a mulher de Funaro em um anoTudo isso é uma surpresa, diz Geddel sobre prisão preventivaJustiça Federal mantém Geddel Vieira Lima presoCongresso ignora delações que citam mais de 200 parlamentares e não abre processosFunaro fica até sexta-feira na carceragem da PF em BrasíliaJustiça prorroga permanência de Funaro por mais 5 dias na carceragem da PFFunaro diz que entregou 'malas de dinheiro' a GeddelDesembargador manda soltar Geddel Vieira Lima mesmo sem tornozeleiraGeddel foi preso sob acusação de tentar obstruir a Operação Lava-Jato. Depois, foi transferido da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para a Penitenciária da Papuda.
O depoimento de Raquel, prestado na última sexta-feira, foi solicitado por Vallisney de Souza na audiência de custódia realizada na quinta-feira passada em que manteve a prisão preventiva de Geddel. "Não tenho elemento para dizer nesse momento que não há indício de crime. Desse modo eu mantenho aqui o que coloquei na decisão de que há indícios de autoria e materialidade quanto a Geddel", afirmou o juiz Vallisney ao manter Geddel na Papuda.
Além do depoimento de Raquel, Vallisney também solicitou à Polícia Federal uma perícia no aparelho celular no qual ela recebeu a ligação. O trabalho ainda não foi concluído pela PF.
Na audiência de custódia, Geddel negou ter pressionado a mulher do corretor. "Em nenhum instante, impossível alguém demonstrar. Em nenhuma circunstância", disse o ex-ministro. Segundo Geddel, ele retornou uma ligação da mulher de Funaro que "ficou marcada em seu celular" e que na conversa não houve nenhum tipo de pressão.
Indagado pelo procurador Anselmo Cordeio Lopes, o ex-ministro afirmou que ligou "mais de dez vezes" para a mulher de Funaro, mas que nunca perguntou "se ela estava recebendo dinheiro".
Conversas
Bruno Espiñeira, advogado de Funaro, foi quem entregou à Polícia Federal as cópias das telas do celular com as conversas entre Raquel e o ex-ministro de Temer.
.