Brasília - A base governista já tem pronto um requerimento de encerramento de discussão para apresentar nesta quarta-feira, 12, caso não haja acordo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com a oposição para encurtar a sessão de debates. O objetivo é votar o parecer que pede a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer até quinta-feira, 13, na comissão, e sexta-feira, 14, no plenário.
Perondi revelou que os governistas também estão orientados a não fazer uso do tempo total que têm disponível para falar na comissão. A ordem é reduzir "sensivelmente" os discursos para ganhar tempo. Titulares e suplentes poderão falar por até 15 minutos e não membros por até 10 minutos.
O vice-líder do governo também criticou a declaração do presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que na terça-feira, 11, reafirmou seu posicionamento contra as trocas de membros na comissão. "O regimento é a Bíblia e trocar membro é normal. Isso acontece em todos os Parlamentos", afirmou.
Fila
A sala onde acontecerá a sessão já está aberta para entrada de jornalistas, assessores e deputados. A oposição chegou cedo, às 7h20, para garantir o tempo de fala. Parlamentares formam filas para aguardar o início das inscrições dos discursos, que começa às 10h30.
Enquanto aguardavam para entrar na sala da CCJ, deputados da oposição aproveitaram para fazer o café da manhã na fila. Pães, sorvete de cupuaçu, pão de queijo e café integravam o "cardápio" dos oposicionistas.