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Estado de Minas

Defesa de Lula diz que julgamento foi político e 'envergonhou o Brasil'

Segundo os advogados Cristiano Zanin e Valeska Zanin o juiz Sérgio Moro conduziu as investigações com motivações políticas e ignorou provas da inocência de Lula


postado em 12/07/2017 18:06 / atualizado em 12/07/2017 18:23

(foto: / AFP / Miguel SCHINCARIOL )
(foto: / AFP / Miguel SCHINCARIOL )

Os advogados de defesa do ex-presidente Lula afirmaram que o julgamento que o condenou a nove anos e meio feito pelo juiz Sérgio Moro “envergonhou o Brasil”. Em nota, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, que integram a defesa do petista, disseram que recorrerão a todas as instâncias para deixar claro que “provas esmagadoras” da inocência de Lula foram ignoradas n o processo. A defesa ainda argumenta que o julgamento tem motivações políticas.

“Este julgamento politicamente motivado ataca o Estado de Direito do Brasil, a democracia e os direitos humanos básicos de Lula. É uma grande preocupação para o povo brasileiro e para a comunidade”, afirma a nota da defesa de Lula.

No texto, Cristiano Zanin e Valeska Zanin, afirmam que os direitos humanos de Lula foram violados e que Moro e a equipe do Ministério Público Federal (MPF) que integra a força tarefa da Lava-Jato foram conduzidos “pela política e não pela lei”.

“O presidente Lula tem sido vítima do lawfare, o uso da lei para fins políticos, famoso método foi usado com efeitos brutais em diversas ditaduras ao longo da história. Este julgamento politicamente e tendencioso mostra bem como os recursos judiciais do presidente Lula foram esgotados internamente e por que foi necessário encaminhar este caso para o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra”, afirmam os advogados.

Ainda no posicionamento público, a defesa de Lula responde a trecho da sentença de Sérgio Moro. No despacho o juiz federal afirma que 'ninguém está acima da lei”. De acordo com os advogados, assim como ninguém está acima, ninguém está abaixo. “Ninguém está acima da lei, mas ninguém está abaixo da lei. O presidente Lula sempre cooperou plenamente com a investigação, deixando claro para o juiz Moro que o local para resolver disputas políticas são as urnas, não as cortes de justiça”.

Por fim, Cristiano e Valeska defendem que Moro deixe a investigação. “O processo foi um enorme desperdício do dinheiro dos contribuintes e envergonhou o Brasil internacionalmente. É tempo agora para reconstruir a confiança nas leis brasileiras e o juiz Moro deveria se afastar de todas suas funções”, ressaltaram os advogados.

O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira e cabe recurso. O juiz determinou que o ex-presidente continue em liberdade até que a condenação seja analisada em segunda instância.

A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016.


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