Jornal Estado de Minas

Pimentel se solidariza com Lula e diz que o ex-presidente 'orgulha o Brasil'


O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), prestou, nesta quinta-feira, solidariedade ao ex-presidente Lula, após o líder do partido ter sido condenado nessa quarta-feira a nove anos e meio. A sentença sobre os crimes de corrupção passiva e Lavagem de dinheiro é do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba. De acordo com Pimentel, Lula é vítima de julgamento contaminado por questões políticas, fruto do clima de “intolerância e ódio” que toma o país.

“De fato não há nesse processo nenhuma prova contra o presidente Lula, pelo contrário, as provas que estão lá provam que o apartamento não é e nunca foi do presidente, nem de sua família. No entanto, ele foi condenado”, comentou o governador em vídeo publicado em seu perfil no Facebook.

O governador ainda ressaltou em sua fala que espera que a sentença seja revista nos tribunais superiores. Para ele, Lula fez muito pelo país, principalmente, para a parcela menos favorecida da sociedade.

“Ao presidente Lula eu quero deixar aqui uma mensagem de solidariedade, de respeito, de admiração pelo trabalho. É um líder que orgulha o Brasil.
Dedicou sua vida ao nosso país e sempre trabalhou pelos mais pobres e pelos mais necessitados. E tenho certeza que sempre terá, e tem sempre, um lugar garantido no coração de cada brasileiro e de cada brasileira”, afirmou.

Condenação


O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira e cabe recurso. O juiz determinou que o ex-presidente continue em liberdade até que a condenação seja analisada em segunda instância.

A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016 .