O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Ney Bello, determinou, nesta quinta-feira, a soltura imediata do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O ex-integrante do governo de Michel Temer (PMDB) já havia sido beneficiado pela soltura, mas ainda estava preso porque há falta de tornozeleira eletrônica no Distrito Federal.
Na decisão o desembargador determinou que o equipamento seja colocado em Geddel em Salvador, onde o ex-ministro reside e ficará em prisão domiciliar.
A prisão de Geddel foi convertida em domiciliar nessa quarta-feira, mas, segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), ligada à Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP/DF), não havia disponilidade do equipamento. Diante disso, o ex-ministro continuava preso na Papuda.
Hoje, o Ministério Público Federal pediu nova prisão preventiva contra Geddel Vieira Lima. Para os procuradores Anselmo Lopes e Sara Moreira Leite novos elementos colhidos na investigação mostram que Geddel cometeu os crimes de exploração de prestígio e tentou embaraçar às investigações.
Os procuradores se baseiam nos depoimentos do corretor Lúcio Bolonha Funaro e de sua esposa, Raquel Pitta. Os dois detalharam os contatos feitos pelo ex-ministro.
O ex-ministro foi preso por determinação do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, no Distrito Federal, sob a acusação de tentar obstruir as investigações de supostas irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.