O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para o dia 2 de agosto, às 9h, a votação do relatório da denúncia sobre Temer no plenário. A decisão foi tomada após uma reunião com os líderes dos partidos.
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Oposição
Logo depois da votação, os parlamentares de oposição reagiram ao resultado com gritos de "Fora Temer". Os deputados também carregavam cartazes com uma foto de Temer ao lado do empresário Joesley Batista e dizeres como "quem vota 'não' hoje, não terá voto amanhã" e "engavetar a denúncia é ser cúmplice da corrupção".
Suplente da Comissão, a deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou o resultado e as manobras feitas pelo governo para conseguir obtê-lo. "Essa não é a expressão da CCJ e, sim, do governo que está armando e mutilando as opiniões. Os deputados foram vendidos. Essa semana, cada um colocou seu preço", disparou.
Apesar da derrota, Henrique Fontana (PT-RS), manteve o otimismo e afirmou que a oposição tem condições de, no plenário, aprovar o prosseguimento da denúncia contra Temer: "temos condições de vencer e fazer com que o povo brasileiro tenha o desfecho que espera. O parlamento virou às costas para o povo, mas vamos à luta contra essa tentativa de engavetar a denúncia".
Governistas
Já os deputados da base aliada comemoraram a vitória na Comissão. Darcísio Perondi (PMDB-RS) provocou os parlamentares da oposição dizendo que eles "denunciam o presidente, mas não têm votos suficientes para derrubá-lo". "Desafio a oposição a vir aqui na segunda-feira votar o relatório, mas acho que não vai acontecer. Enquanto isso, o presidente deve estar trabalhando, como um chefe de Nação deve fazer", disse.
Beto Mansur (PRB-SP) disse que os governistas querem levar logo a votação ao plenário para "tirar essa questão da frente".