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Estado de Minas

Senador Cristovam Buarque diz que impeachment de Dilma 'ficou incompleto'

A declaração é do senador Cristovam Buarque, ex-petista e hoje filiado ao PPS, ao comentar a denúncia de corrupção passiva contra Temer


postado em 19/07/2017 08:36 / atualizado em 19/07/2017 09:54

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

O senador Cristovam Buarque  (PPS/DF) disse nesta quarta-feira que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT/RS), consumado em agosto passado,  "ficou incompleto".  De acordo com o senador, falta afastar do governo o presidente Michel  Temer (PMDB/SP).

"Nós tiramos a presidente pelas pedaladas que ela deu e também pelo  conjunto da obra, mas a pior das pedaldas da presidente Dilma, que o PT não quer reconhecer, foi ter escolhido duas vezes Temer como vice-presidente", avaliou o senador.

Para o senador,  que já foi filiado ao PT e ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010), Temer deve deixar o governo antes do fim do mandato. "A médio prazo não vejo como o presidente Temer ficar até o fim de seu mandadto", afirmou.

O parlamentar também  disse que não há como prever o defecho da denúncia de corrupção passiva contra  Temer, feita pela Procuradoria-Geral da República, e que está em tramitação na Câmara dos Deputados, com previsão de votação no dia 2 de agosto. "Neste momento não sabemos", disse o senador, se referindo  ao processo analisado pelo deputados.

Buarque fez essa declarações   em entrevista à Rádio Itataia, um dia depois de ser hostilizado,  em Belo Horizonte, por manifestantes que o chamaram de golpista e traidor  (assista ao vídeos abaixo) por ter apoiado o impeachment de Dilma e ter votado sim pelas mudanças na CLT proposta no projeto de  reforma trabalhista do  governo Michel Temer.

Sem educação


Ao comentar a manifestação, após uma palestra na UFMG, sobre crise econômica e política no país, Buarque disse que "faltou educação" aos manifestantes. "Ninguém acha justa uma agressão", reagiu. Buarque disse ainda  que os manifestantes dessa terça-feira têm "posições  atrasadas e corporativistas".

Buarque Também defendeu a reforma trabalhista. "É uma reforma necessária, o Brasil não pode ficar para trás", reagiu .

O senador cancelou lançamento do livro 'Meditarrâneos invisíveis', em uma livraria da capital, após discutir com professores e estudantes.



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