O juiz federal Sérgio Moro marcou novo interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 13 de setembro, agora na ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht. Este é o segundo processo na Operação Lava-Jato, no Paraná, em que o petista será ouvido.
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Moro: pelos critérios de Lula, ex-diretores da Petrobras devem ser absolvidosMoro compara Lula a Eduardo Cunha ao rebater questionamentosMORO INTIMA PETISTALula recorre contra bloqueio de bensMoro alega 'gastos indesejáveis' e dá a Lula chance de videoconferênciaDois dias depois, em 6 de setembro, será a vez de Palocci, do advogado Roberto Teixeira e de Glaucos da Costa Marques - primo do pecuarista José Carlos Bumlai. Todos os depoimentos ocorrerão a partir de 14h.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Lula é acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro em razão de contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. A acusação aponta que parte das propinas pagas pela Odebrecht foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.
A força-tarefa da Lava Jato afirma que o acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo petista.
De acordo com os procuradores, destinadas a Glaucos da Costamarques por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). A denúncia aponta que R$ 504 mil foram usados para comprar o apartamento vizinho à cobertura de Lula.
A nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glaucos da Costamarques, 'que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em nova operação de lavagem de dinheiro'. As investigações indicam 'que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015'.
(Julia Affonso, Fausto Macedo e Luiz Vassallo).